Pois é...Pois é

O ministro Bagão Félix apregoava aos 4 ventos a sua intransigência com os clubes de futebol quanto ao pagamento de possíveis dívidas.
Nada mais justo, nenhum cidadão está acima da lei, assim como nenhum clube está acima dos cidadãos no que ao pagamento de impostos diz respeito, logicamente, será um silogismo simples de fazer, nenhum clube está acima da lei.
Eu Concordava com o que Bagão Félix dizia, até estava admirado, contudo as mais recentes notícias revelam-nos um despacho que prevê o adiamento até 2010 de qualquer exigência aos clubes de futebol pelo incumprimento do "Totonegócio". Este despacho assinado pelo punho do ex-secretário de Estado Orlando Caliço revela-nos uma de duas coisas: Ou existia uma clara tentativa de branquear junto da opinião pública a situação ilegal dos clubes mantendo nas costas de todos tudo na mesma. Ou existia uma descoordenação tal no ministério que o detentor da pasta falava o que não estava a ser feito e os seus secretários de estado faziam o contrário do que ele dizia. Em qualquer um dos casos a falta é gravíssima, mas como não quero desconfiar do bom-nome de cada um, penso que a incompetência é a melhor das explicações.

Correia ou Ribeiro.

A menos de meia hora de se saber quem será o novo líder do CDS-PP, Ribeiro e castro ou Telmo correia, eu sei que tu sabes que eu sei que tu sabes que não me revejo com nesta franja da sociedade. Gente deste quadrante político é completamente insensível aos problemas mais profundos da população, é de certa forma um partido de uma elite para uma elite, tendo como único objectivo a obtenção do poder pelo poder, e cada vez mais poder, fazendo alianças com deus, em que eles tanto acreditam, mas também com o diabo se isso for necessário.
Sei que pior do que o que estava dificilmente ficará, pelo menos ao que diz respeito as preocupações sociais, Paulo Portas, o mais perigoso demagogo que nos últimos anos passou pela política já era.
Para o futuro e pensando na força de um partido que já pouca força tem, a melhor opção será ribeiro e Castro, este traria uma virada ainda mais à direita se é que isso é possível, e seria muito mais "Deus Pátria Família" como o antigamente.
É preferível que ganhe Telmo Correia, não só porque é efectivamente mais liberal mas sobretudo porque isso seria a passagem de um atestado de óbito a este partido, pois ficaria um autentico PSD de segunda linha. Como não sou hipócrita e acho que este partido é pouco necessário à nossa jovem democracia existia vantagem na vitória de Telmo Correia.
Ganhando Telmo Correia ou Ribeiro e Castro teremos mais do mesmo, sendo que estes possuem menor capacidade de camaleão, isto é, dificilmente seriam feirantes entre feirantes e assumiriam pose de estado na passagem de revista as tropas.
Mais cinco minutos e já se sabe qual o líder do quarto (espero que passe para quinto) maior partido da sociedade portuguesa.

História infantil

Esta historia não é real, qualquer semelhança com algum facto acontecido é pura coincidência, todos os nomes das personagens foram inventados, não tendo qualquer tipo de conotação com o que quer que seja.

Cinco meninos brincam na rua, o José, o Luís, o Francisco, o Jerónimo e outro menino que ainda não sabia dizer o próprio nome, a certa altura o José tem uma ideia:

José – E se criássemos na nossa sede um site de Internet para podermos falar com as crianças de todo o mundo?
Luís – Não costumo concordar contigo, mas desta vez não posso deixar de aprovar a tua ideia, é mesmo genial.
Francisco – Nem penses nisso, não acho boa ideia.
Criança sem nome – Eu acho que se tiver um bom lugar para escrever os meus posts até concordo, mas quero um bom lugar, menos de meia pagina e não há nada para ninguém.
Luís – Lá tas tu, sempre querer mais, agora já não tens o José Manuel para te defender.
Criança sem nome – Este clube só funcionava porque eu e os do meu bairro punham isto a andar, o que é que tu julgas, o José Manuel só servia de saco de pancada.
José – Bem, calem-se lá um bocado, nos temos que chegar a um acordo, vocês sabem que eu sou quem manda mais, por isso toca lá a decidir o que fazer.
Francisco – E aquela ideia de as raparigas poderem entrar no clube?
José – Tens razão, já me esquecia dessa proposta, vamos discutir esse primeiro.
Criança sem nome – Nunca, raparigas no clube não.
José – Mas elas não têm onde ir, achas bem eles estarem na rua ao frio e a chuva?
Crianças sem nome – nasceram raparigas paciência aguentem as consequências.
José – E tu Luís o que é que achas?
Luís – Eu digo só isto, o que eu queria discutir agora era o site, se vocês continuam a querer discutir o problema das raparigas já nem o site quero.
José – Fogo, já tas a fazer birra outra vez? Já sei, é por ter sido o Francisco a dar a ideia.
Luís – Não me interessa quem deu a ideia, não me interessa que as meninas apanhem frio e chuva, se não discutirmos primeiro o site já não brinco mais.
José – não se fala mais disso vamos falar com o Jorge que ele é sempre bom em dar ideias.
Francisco – Esse? Grandes ideias que ele dá, então aquela de por o Pedro no lugar do José Manuel quando mudou de bairro foi de génio.
José – Tens que admitir que até foi, se não fosse isso o Pedro não tinha metido os pés pelas mãos e agora não éramos nós que mandávamos nisto tudo.
Francisco – Nós? Fala por ti, que eu não mando nada.
José – Esta bem é verdade, eu é que mando nisto tudo. Mas mesmo assim vamos falar com ele está bem?
Francisco – Vamos lá, mas eu ainda acho que isto devia ser resolvido nas ruas ou em plenário, ou então fumávamos uma brocas e tudo ficava em paz, não achas Jerónimo?
Jerónimo – Não me perguntes nada que eu estou rouco.

E assim foi, por causa da birra de Luís as duas propostas em cima da mesa estavam pendentes, as raparigas ficaram na rua sem condições e o site nunca chegou a ser feito para alegria dos que gostam que nada mude.

Será que o estado português é laico?
Como definição temos que:
Laico – O que não têm ordem sacra.
Será isto possível? Não me parece, não que eu não ache justo, mas atendendo ao actual estado de coisas não é provável que algum dia o seja.
É pena, pois num estado verdadeiramente laico não se favorecia de forma descarada uma confissão religiosa em detrimento de outras, confissões essas com tanta legitimidade de existirem num estado laico quanto a católica. .
Não quero com estas palavras beliscar mais de 800 anos de história da nossa nação, que compreendo ser quase indissociáveis da própria igreja católica, mas se a nossa constituição nos consagra como estado laico porque não o sermos?

Não vos vou esconder que esta ideia me atravessou o espírito devido à morte de Karol Wojtyla, achei exagerados os 3 dias de luto nacional decretados pelo estado “laico” português, achei que a televisão estatal deveria ter um maior distanciamento de todo o processo e não se deixar levar por lógicas de comercias, é certo e sabido que a morte de Karol Wojtyla mexeu com muita gente em Portugal, um país com muitos crentes não o escondo, mas uma televisão pública ainda para mais quando o estado é “laico”, não deveria agir desta forma. Para terem uma ideia em Roma estavam pelo menos (os que eu contei) 5 enviados especiais, mas notem que não eram enviados especiais quaisquer, entre eles estava a Fátima Campos Ferreira e Carlos Daniel, Pivots de grande importância dentro da estação, Alberta Marques Fernandes, habitual apresentadora do Telejornal, entre outros repórteres de grande valia da estação como António Esteves Martins e Márcia Rodrigues. É de salientar que a cobertura feita está a ultrapassar a que foi feita por altura do tsunami na Ásia, isto é revelador de uma total inversão de prioridades.

É certo que no caso do tsunami a Tv estatal foi a mais sóbria a dar o acontecimento, e isso é bom. Chega de imagens chocantes para prender ao televisor pessoas que só se distraem por saber que existem outras em pior situação que elas próprias, é degradante ter de fazer televisão nestes moldes para ter audiências.

Já chega que uma televisão que é para todos, passe as épocas importantes do cristianismo (Natal, Páscoa,...) a dar filmes e programas que apenas interessam a quem é dessa religião.
Apontei apenas uma ou duas razões para provar que o nosso estado não é nem nunca vai ser laico, mas ao longo dos últimos anos haveriam centenas, senão milhares de situações que comprovariam a minha afirmação.
É pena mas é com isto que temos de viver.

Carro X Telemovel

Ninguém me tira da cabeça que quem faz as leis neste país não anda na rua.
Sempre que se circule de carro é proibido o uso do telemóvel. A lei está certíssima pois é evidente que o uso do telemóvel prejudica a condução, contudo, as razões que justificam esta medida são para outros casos ignoradas. As razões apontadas para a não utilização do telemóvel, prendem-se fundamentalmente com a perda de concentração por falar com quem não está presente, agravado pelo facto de ter uma mão indisponível no auxilio do acto de conduzir. Se são esta a razões para essa proibição de conduzir imaginemos um caso recorrente nas nossas estradas: Um condutor recebe uma chamada falando através do auricular (ou sistema mãos livres) e simultaneamente fuma ao seu cigarrito, não será que todas as premissas anteriores estão cumpridas? Parece que sim, não será que é ainda mais perigoso? Isto porque em caso de necessitar de fazer uma manobra brusca pode acontecer que o cigarro caía dentro do carro e desencadeie um incêndio.
Tudo isto é verdade mas não é menos verdade que a venda de kits mãos livres e auriculares é rentável para a economia e a proibição de fumar nos carros não só não é benéfica à economia como faria levantar de indignação esses defensores do tabaco (é incrível que existam) que infelizmente tem muito poder na nossa sociedade.
Só posso concluir com este post que as leis das duas uma: ou são feitas por quem não anda na rua ou o poder económico se sobrepõe sempre ao que está certo, espero que os políticos sejam só distraídos.

o bom sou eu