sábado, julho 16, 2005

sucesso escolar

Sobre um tema que está na ordem do dia, que julgo já ter sido retratado por um post no blog “Bom mau e o Vilão”, os exames nacionais.
O esforço elevado que os diversos governos, sejam eles de direita ou de esquerda, tem feito no sentido de tornar a população mais conhecedora, tem sido sucessivamente desperdiçado. È comum ouvir dizer os mais antigos, que no tempo deles é que se aprendia, não podemos nos esquecer que a educação nessa altura era um luxo e hoje se tornou, ou tem vindo a tornar-se com alguns recuos, num direito, sendo por isso obvio que a educação à 40 anos era para uma elite, sendo por isso muito natural que chegados ao 11º ano de escolaridade as valências nas diversas matérias curriculares fossem muito melhor conseguidas.
Hoje o que se passa, é que para além de um direito a educação se tornou um dever, dever este que é contrário ás ambições de muitas crianças e adolescentes do nosso país. Penso que o problema é muito mais complexo do que de falta de motivação dos alunos ou falta de preparação dos professores, é obvio que os professores são academicamente melhor preparados hoje que e o eram à 40 anos, também é obvio que a sociedade dita de informação é muito mais motivadora no sentido do conhecimento, então porquê das piores notas? Uma das possíveis respostas está dentro do sistema de ensino mas nem por isso é sua culpa, ao contrário do que algumas pessoas advogam não é colocando disciplinas eliminatórias que vamos resolver o problema, antes o iremos agravar, o insucesso tem muito a ver com as perspectivas de realização profissional de cada um, sei que não é possível generalizar a partir de um caso, mas penso ser pelo menos sintomático, até porque é o meu. Quando finalizei o 9º ano tinha como sonho estudar história e ser um profundo conhecedor de tudo o que nos precedeu, contudo e apesar desse meu desejo ingressei na área de electrónica, parece incoerente não acham? Até é bem possível que tenha sido, mas sempre gostei de ouvir a opinião de quem eu penso saber mais, naquele caso os meus pais foram importantes na minha escolha pois chamaram-me à atenção das poucas saídas profissionais que esse curso possuía.
Havia contudo um problema adjacente a esta escolha, optando por uma área que não era a minha primeira opção, poderia acontecer o mesmo que a acontece a tantos jovens por esse pais fora, podia fracassar. Tudo correu pelo melhor, as matemáticas também me estavam no sangue e por isso não tive grandes dificuldades de finalizar o secundário (apesar de ter chumbado) e de ser um aluno razoável no superior.
Com tudo isto quero alertar para o facto de muitas vezes, e por pressões externas, os alunos optarem por áreas que não dominam e de que em muitos dos casos nem gostam, o fracasso é inevitável.
Outra problemática intimamente ligada aos exames nacionais é o facto de existir a necessidade de obter 9,5 valores nas provas especificas das disciplinas de ingresso, em teoria é aceitável, mas como estou dentro do sistema e convivo com as diversas realidades à muito tempo, posso afirmar que não é o método mais infalível de filtrar os novos alunos, para mim fica claro a necessidade de filtrar, mas não através de uma nota de um exame que naquele dia até pode ter corrido mal, mas que pouco ou nada diz das apetências do aluno para o curso em questão.
Se imaginarmos que é possível entrar, por exemplo em Engenharia mecânica, com a prova especifica de Química em opção à física facilmente concluímos com que facilidade se contorna o sistema.
Isto é de tal modo absurdo, que engenharias de qualidade como a electrotécnica, em alguns institutos do país, já permitem a entrada a estudantes que tenham realizado prova de geometria descritiva. Qualquer dia, e sabendo que as universidades ganham à “cabeça” ainda vamos ver cursos de engenharia informática com a possibilidade de entrada através da e realização da prova de geologia.
Os portugueses são muito melhores a contornar as leis do que a faze-las isso está mais que provado, por isso eu defendo que a melhor opção é deixar preencher o número de vagas e controlar através do insucesso escolar, quem passa vai prosseguindo, quem não passa vem embora. Não se compreende que assim não seja, o estado já gasta dinheiro a mais com a educação para ele ser desperdiçado por quem não quer levar as coisas de uma forma seria.

sexta-feira, julho 08, 2005

Criticar por criticar

Criticar é fácil...
10 Estádios, só assim venceríamos o duelo com nuestros hermanos, que tanto gosto me deu ganhar, para a organização de um evento de escala planetária, alem do que na altura não se viviam tempos tão difíceis, a conjuntura era muito mais favorável.
Maior travessia fluvial, Portugal tem talvez um dos rios de maior caudal e distância entre margens que passe junto a uma grande cidade, claro que as pontes sobre o Tamisa ou o douro não poderiam ser tão grandes, eu atravesso aquilo a nadar sem grande esforço!
Aeroporto, sim o que está a dar é ter aeroportos no meio das cidades, com todas as implicações que isso acarreta a nível de segurança e tráfego aéreo.
TGV, num altura em que o transporte ferroviário está obsoleto, fazer algo que melhor substancialmente este tipo de circulação também a mim me parece mau ideia, isto se eu trabalhasse na TAP e fizesse parte do Lobbie.
Dança de cadeiras, está-se mesmo a ver que tomar decisões politicas com a ajuda de conselheiros de outro partido é uma situação sustentável, isto para quem quer um país ingovernável.
Concordo contigo numa coisa, em Portugal existe a mania de se organizarem comissões, grupos de estudo etc, apenas com o intuito de colocar uns boys que ficaram por colocar, mas as minhas concordâncias com tua imagem destorcida da realidade ficam-se só por aí, tudo o resto parece-me vontade de criticar, porque tal como os partidos do teu quadrante politico, tu usas de um populismo fácil sem apresentares alternativas, é simples criticar muito mais difícil é apresentar alternativas.

quarta-feira, julho 06, 2005

"A frota automóvel colocada ao dispor dos actuais ministros não foi renovada, mantendo-se em circulação a dos executivos anteriores"

"ministros do Governo de Pedro Santana Lopes solicitaram 50 automóveis novos"

quem quiser que tire conclusões