domingo, janeiro 29, 2006

Presidencias II

Os portugueses são soberanos, disso acho que ninguem duvida mas causa-me preplexidade o facto de encararem a politica como um reality show.
O Drº. Mário Alberto Nobre Lopes Soares é claramente o Zé maria da história senão vejamos, no primeiro concurso(Póa 25 de abril e Presidencias de 85) era um idolo todos o veneravame achavam que seria o salvador da pátria, agora os mesmoa que tinham essa opinião retiram-lhe a oportunidade de ficar na casa mais de uma semana. o Sr.Silva é com toda a certeza o Telmo pois em 96 era o bronco que nos tinha levado pro abismo e agora é um exmplo um possivel D.sevastião capaz de salvar toda uma nação dos perigos que ai veem.è verdade que tal como escreveu o meu colega Rui Costa estes dois senhores foram os principais responsaveis pelo que a contece nos ultimos 32 anos( a excepção do verão quente, não é Rui?)mas antes as coisas estavam Boas?
não estarão muito mas mesmo muito melhores agora?
O Drº, Mario Soares também cometeu erros disso não duvido, mas se lhe devo a ele e muitos omo ele o facto de viver em democracia( e n falo so do 25 de abril mas sobretudo do 25 de novembro) não existirão razões para lhe prestar uma justa homenagem? merecerá este Homem receber menos votos que um senhor que a unica coisa que fez foi escrever um versos, manter-se sempre à sombra de um partido e longe das decisões polémicas? O Silva ganhou e sem duvida que tem neste momento a legitimidade de ser o presidente de todos os portugueses, mas é pena a nossa memória às vezes ser tão selectiva em relação as coisas boas e más de cada um.

sábado, julho 16, 2005

sucesso escolar

Sobre um tema que está na ordem do dia, que julgo já ter sido retratado por um post no blog “Bom mau e o Vilão”, os exames nacionais.
O esforço elevado que os diversos governos, sejam eles de direita ou de esquerda, tem feito no sentido de tornar a população mais conhecedora, tem sido sucessivamente desperdiçado. È comum ouvir dizer os mais antigos, que no tempo deles é que se aprendia, não podemos nos esquecer que a educação nessa altura era um luxo e hoje se tornou, ou tem vindo a tornar-se com alguns recuos, num direito, sendo por isso obvio que a educação à 40 anos era para uma elite, sendo por isso muito natural que chegados ao 11º ano de escolaridade as valências nas diversas matérias curriculares fossem muito melhor conseguidas.
Hoje o que se passa, é que para além de um direito a educação se tornou um dever, dever este que é contrário ás ambições de muitas crianças e adolescentes do nosso país. Penso que o problema é muito mais complexo do que de falta de motivação dos alunos ou falta de preparação dos professores, é obvio que os professores são academicamente melhor preparados hoje que e o eram à 40 anos, também é obvio que a sociedade dita de informação é muito mais motivadora no sentido do conhecimento, então porquê das piores notas? Uma das possíveis respostas está dentro do sistema de ensino mas nem por isso é sua culpa, ao contrário do que algumas pessoas advogam não é colocando disciplinas eliminatórias que vamos resolver o problema, antes o iremos agravar, o insucesso tem muito a ver com as perspectivas de realização profissional de cada um, sei que não é possível generalizar a partir de um caso, mas penso ser pelo menos sintomático, até porque é o meu. Quando finalizei o 9º ano tinha como sonho estudar história e ser um profundo conhecedor de tudo o que nos precedeu, contudo e apesar desse meu desejo ingressei na área de electrónica, parece incoerente não acham? Até é bem possível que tenha sido, mas sempre gostei de ouvir a opinião de quem eu penso saber mais, naquele caso os meus pais foram importantes na minha escolha pois chamaram-me à atenção das poucas saídas profissionais que esse curso possuía.
Havia contudo um problema adjacente a esta escolha, optando por uma área que não era a minha primeira opção, poderia acontecer o mesmo que a acontece a tantos jovens por esse pais fora, podia fracassar. Tudo correu pelo melhor, as matemáticas também me estavam no sangue e por isso não tive grandes dificuldades de finalizar o secundário (apesar de ter chumbado) e de ser um aluno razoável no superior.
Com tudo isto quero alertar para o facto de muitas vezes, e por pressões externas, os alunos optarem por áreas que não dominam e de que em muitos dos casos nem gostam, o fracasso é inevitável.
Outra problemática intimamente ligada aos exames nacionais é o facto de existir a necessidade de obter 9,5 valores nas provas especificas das disciplinas de ingresso, em teoria é aceitável, mas como estou dentro do sistema e convivo com as diversas realidades à muito tempo, posso afirmar que não é o método mais infalível de filtrar os novos alunos, para mim fica claro a necessidade de filtrar, mas não através de uma nota de um exame que naquele dia até pode ter corrido mal, mas que pouco ou nada diz das apetências do aluno para o curso em questão.
Se imaginarmos que é possível entrar, por exemplo em Engenharia mecânica, com a prova especifica de Química em opção à física facilmente concluímos com que facilidade se contorna o sistema.
Isto é de tal modo absurdo, que engenharias de qualidade como a electrotécnica, em alguns institutos do país, já permitem a entrada a estudantes que tenham realizado prova de geometria descritiva. Qualquer dia, e sabendo que as universidades ganham à “cabeça” ainda vamos ver cursos de engenharia informática com a possibilidade de entrada através da e realização da prova de geologia.
Os portugueses são muito melhores a contornar as leis do que a faze-las isso está mais que provado, por isso eu defendo que a melhor opção é deixar preencher o número de vagas e controlar através do insucesso escolar, quem passa vai prosseguindo, quem não passa vem embora. Não se compreende que assim não seja, o estado já gasta dinheiro a mais com a educação para ele ser desperdiçado por quem não quer levar as coisas de uma forma seria.

sexta-feira, julho 08, 2005

Criticar por criticar

Criticar é fácil...
10 Estádios, só assim venceríamos o duelo com nuestros hermanos, que tanto gosto me deu ganhar, para a organização de um evento de escala planetária, alem do que na altura não se viviam tempos tão difíceis, a conjuntura era muito mais favorável.
Maior travessia fluvial, Portugal tem talvez um dos rios de maior caudal e distância entre margens que passe junto a uma grande cidade, claro que as pontes sobre o Tamisa ou o douro não poderiam ser tão grandes, eu atravesso aquilo a nadar sem grande esforço!
Aeroporto, sim o que está a dar é ter aeroportos no meio das cidades, com todas as implicações que isso acarreta a nível de segurança e tráfego aéreo.
TGV, num altura em que o transporte ferroviário está obsoleto, fazer algo que melhor substancialmente este tipo de circulação também a mim me parece mau ideia, isto se eu trabalhasse na TAP e fizesse parte do Lobbie.
Dança de cadeiras, está-se mesmo a ver que tomar decisões politicas com a ajuda de conselheiros de outro partido é uma situação sustentável, isto para quem quer um país ingovernável.
Concordo contigo numa coisa, em Portugal existe a mania de se organizarem comissões, grupos de estudo etc, apenas com o intuito de colocar uns boys que ficaram por colocar, mas as minhas concordâncias com tua imagem destorcida da realidade ficam-se só por aí, tudo o resto parece-me vontade de criticar, porque tal como os partidos do teu quadrante politico, tu usas de um populismo fácil sem apresentares alternativas, é simples criticar muito mais difícil é apresentar alternativas.

quarta-feira, julho 06, 2005

"A frota automóvel colocada ao dispor dos actuais ministros não foi renovada, mantendo-se em circulação a dos executivos anteriores"

"ministros do Governo de Pedro Santana Lopes solicitaram 50 automóveis novos"

quem quiser que tire conclusões

sábado, junho 18, 2005

A montanha pariu um rato

Afinal a grandiosa manifestação “Pacifica” contra a criminalidade, não foi mais que uma pequena reunião de neofascistas com o intuito de expressar, recorrendo à violência (a Policia teve de intervir), a sua opinião acerca dos imigrantes em Portugal.
Para quem estava à espera de uma grande demonstração de força as suas expectativas saíram goradas, cerca de 400 pessoas, repito 400 atrasados mentais, que antes de pensar nas causas do estado das coisas, preferem escolher a via mais rápida ou seja atribuir a culpa de todo o mal a uma, ou varias etnias que na sua grande maioria, tentam apenas ter uma vida melhor neste Pais à beira mar plantado.
Fiquei orgulhoso do meu País por saber que num universo de 11000000 de habitantes apenas 400 almas acham que a resolução dos problemas passam pela violência racial e pela xenofobia,
É claro que tenho a noção que as coisas não estão bem, mas será justo considerar uma pessoa culpada apenas porque nasceu num país diferente ou porque é de outra cor?
Lembrem-se que se um dia os Franceses, os Alemães, os Suíços, os Luxemburgueses, os Americanos, os Brasileiros, os Sul-africanos, os Angolanos, os Moçambicanos, os Venezuelanos, os Chineses (Macau), Os Canadianos entre outros decidirem expulsar todos os portugueses e seus descendentes do seu território, nós deixaremos de ser 11 milhões e passaremos a ser qualquer coisa com 20/21 milhões, pensem que condições de sobrevivência teríamos, e em todas as consequências negativas para o nosso país, não se esqueçam que o nosso país é extremamente dependente do dinheiro dos nossos imigrantes.
Analisem bem o problema, também acho que o lugar dos criminosos é na cadeia, mas só é criminoso quem comete um crime e não quem tem a mesma cor do criminoso.

Obrigado Portugal por esta grande, mesmo muito grande manifestação de anti fascismo!!!

sexta-feira, junho 17, 2005

comecem por outro

Que isto está mal toda gente sabe, o principal problema é que as reformas no entender dos portugueses devem sempre começar pelo vizinho do lado, sempre que nos vão ao bolso, ainda que com justiça, fazemos greve, não sou contra as greves, antes pelo contrário, mas é preciso saber se a mesma é ou não justa. Em termos de justiça social, numa situação de crise, é bem justo começar por aqueles que têm mais do que por aqueles que têm muito pouco.
Numa altura em que se fala da viabilidade da segurança social, é claro e evidente que tem de se fazer algo, as hipóteses derivam entre aumentar o numero de anos de desconto ou o valor das contribuições, o valor das contribuições mexe desde já com a nossa qualidade de vida, por isso não é uma boa opção, quanto ao aumento do numero de anos de desconto, não é viável que um trolha ou um pescador possa trabalhar até ao 70 anos pois actualmente o seu regime já contempla os 65 como idade de reforma. Perante esta situação e no sentido de equiparar todos os cidadãos portugueses, este governo decidiu, e bem, proceder ao aumento gradual da idade de reforma para os trabalhadores da função pública. Em teoria eu acho que todos os trabalhadores deveriam ter o mesmo número de anos de contribuição, o facto de trabalharem para o estado não deveria ser situação de excepção.
Não acham bem mais lógico um professor de 60 anos do que um trolha de 70?
È evidente que todos temos esta opinião, mas o problema foi o que eu referi no inicio do post, reformar é preciso mas comecem por outro!!!!!

Vamos também dizer basta!!!

Se quer trabalhar menos 10 anos que todos os outros cidadãos, se quer ter progressões automáticas de carreira, se quer ter assistência médica de melhor qualidade que todos os outros comuns mortais, se quer fazer greve quando alguma destas injustiças (para os outros cidadãos, é claro) for posta em causa, mesmo que para isso prejudique milhares de estudantes, não hesite:
Vá para a função pública!!!

segunda-feira, junho 13, 2005

A figura do seculo XX

A história é normalmente feita por quem ganha, se assim não fosse Álvaro Barreirinhas Cunhal seria sem sombra de dúvida o maior vulto da política portuguesa do século XX. Álvaro cunhal foi desde a primeira hora um profundo opositor da ditadura, foi durante toda a sua existência alguém que sempre lutou por aquilo em que acreditava, ao contrário de outros que sempre defenderam aquilo que melhores perspectivas para o seu próprio futuro lhes reservavam.
Apesar de ter uma visão completamente distinta acerca do modelo de sociedade, não posso deixar de louvar a sua coerência, digo coerência pois antes e depois do muro cair, e numa altura em que a maior parte dos partidos comunistas viravam o bico ao prego, o PCP e fundamentalmente o seu líder mantiveram uma posição de grande firmeza e reveladora de um carácter acima de qualquer suspeita.
Não vou mentir, dizer que a sua actuação politica foi isenta de erros é falso, nem tão pouco dizer que o seu modelo de sociedade é executável em democracia, não é, e penso que ele o sabia melhor que ninguém pois era um profundo conhecedor de todos os regimes comunistas mundiais.
Preso e torturado no antigo regime, Álvaro Cunhal foi sem qualquer sombra de duvida um revolucionário, um homem que lutou pela liberdade e que sofreu na pele a crueldade do regime se Salazar.
Na mesma semana em que faleceu outra referência do período pós revolucionário Vasco Gonçalves, a morte de Álvaro Cunhal é mais um duro golpe no moribundo Partido Comunista Português, ele era a coluna vertebral de um partido feito à sua imagem, sem ele tudo fica ainda mais difícil.
Apesar de não ser comunista, não posso deixar de exclamar:
“Até amanha camarada”